Em uma decisão que surpreendeu a todos, o Prefeito Assis da Farmácia (PSDB), solicitou a retirada da tramitação do polêmico Projeto de Lei de Reestruturação Administrativa. A informação foi confirmada pelo presidente da Câmara Municipal, Dr. Antônio, durante a realização da reunião ordinária desta terça-feira (11/03). O projeto, que propunha aumentos salariais de até 131% para cargos de confiança, gerou intenso debate e críticas de vereadores e servidores públicos.
O projeto, enviado pelo Executivo no início de fevereiro, previa aumentos expressivos para cargos de confiança, como o Chefe de Gabinete, que passaria de R$ 2.113,04 para R$ 4.900,00, e o Controlador Interno, que teria seu salário elevado de R$ 1.612,00 para R$2.500,00. Enquanto isso, os servidores de base, como motoristas, pedreiros e serventes, continuariam com salários congelados desde 2013 e ainda enfrentam atrasos no pagamento de salários.
A proposta gerou intensa polêmica na Câmara Municipal, com vereadores de diferentes partidos se manifestando contra o projeto. Robinho da Prata, Luciano Gouveia (PSD), Klidys de Janaina (Republicanos), Marquinho do Osto (PSD) e Moisés Camilo (UNIÃO) foram alguns dos que criticaram a desigualdade salarial e a falta de reajustes para os servidores de base. Além disso, o município enfrenta um caos administrativo, decretado pelo executivo em Janeiro o que tornou o projeto ainda mais controverso.
Durante a reunião ordinária desta terça-feira, o presidente da Câmara, Dr. Antônio, confirmou que o prefeito Assis da Farmácia solicitou a retirada da tramitação do projeto. A decisão foi comunicada oficialmente ao Legislativo, mas os motivos exatos ainda não foram divulgados.
A retirada do projeto pode ser vista como uma resposta às críticas generalizadas que a proposta recebeu, tanto dos vereadores quanto dos servidores públicos e da população. O prefeito, que inicialmente defendia a reestruturação como necessária para a modernização da administração pública, parece ter reconsiderado a proposta diante do cenário de crise financeira e da pressão política.